Odivelas precisa<br> de uma política diferente
Na tomada de posse da Assembleia Municipal de Odivelas, Armindo Fernandes reafirmou que a CDU vai pautar a sua actuação «de acordo com os compromissos eleitorais que assumimos com a população, contribuindo de forma activa e permanente para o valorização do papel da Assembleia Municipal e das suas competências, sendo exigentes, igualmente, para com a Câmara Municipal, designadamente no que se refere à disponibilização atempada de toda a informação e dotando este órgão dos meios logísticos e humanos necessários ao cabal cumprimento das suas funções». «Não faremos uma oposição cega e irresponsável, isto é, a nossa posição neste Assembleia será sempre baseada no rigor e na transparência», prometeu.
Sobre os resultados das eleições autárquicas, Armindo Fernandes salientou que os mesmos «não podem servir de pretexto para ocultar» que «este município precisa de uma política diferente, a partir do poder central, que ponha fim ao aprofundamento do ataque ao poder local democrático e à sua asfixia financeira, ao retrocesso económico e social do concelho e do País».
Política de desastre
«O Orçamento do Estado para 2014, em discussão na Assembleia da República, é a expressão de uma política de desastre que tem de ser interrompida por agravar ainda mais a situação da população do concelho de Odivelas – ou seja, dos trabalhadores e reformados do sector público e privado, dos jovens, dos desempregados, dos pequenos e médios comerciantes e daqueles que intervêm de forma solidária nas diversas expressões do movimento associativo, cultural e desportivo», denunciou o eleito.
Neste sentido, acrescentou Armindo Fernandes, «este município precisa de uma política diferente daquela que foi seguida no passado pela coligação PS/PSD». «Não precisamos de mais políticas desastrosas a partir das decisões desta Assembleia e da Câmara Municipal», criticou o eleito da CDU, dando como exemplo a Lei da Reforma Administrativa, que «veio causar uma enorme trapalhada, com o novo mapa das freguesias», e a «concessão» da água a privados, «uma alienação de direitos de propriedade e de poder de decisões políticas».
Assim, a primeira proposta da CDU à Assembleia Municipal de Odivelas será reclamar a urgência da anulação da decisão da privatização da água e da recolha dos resíduos sólidos urbanos. «É urgente que a Câmara de Odivelas e a sua presidente assumam, no imediato, as suas responsabilidade numa gestão intermunicipal dos SMAS, em conjunto com a Câmara de Loures», apelou Armindo Fernandes.